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Canções do Rádio

Quero Que Vá Tudo Pro Inferno - Roberto Carlos

De que vale o céu azul e o sol sempre a brilhar,

Se você não vem e eu estou a lhe esperar.

Só tenho você, no meu pensamento,

E a sua ausência, é todo meu tormento.

Quero que você, me aqueça neste inverno,

E que tudo mais vá pro inferno

De que vale a minha boa vida de play-boy,

Se entro no meu carro e a solidão me dói.

Onde quer que eu ande, tudo é tão triste,

Não me interessa, o que de mais existe.

Quero que você, me aqueça neste inverno,

E que tudo mais vá pro inferno

Não suporto mais, você longe de mim,

Quero até morrer, do que viver assim.

Só quero que você me aqueça neste inverno,

E que tudo mais vá pro inferno

Não suporto mais, você longe de mim,

Quero até morrer, do que viver assim.

Só quero que você, me aqueça neste inverno,

E que tudo mais vá pro inferno

E que tudo mais vá pro inferno

UOOOOOO

E que tudo mais vá pro inferno

UOOOOOO

Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, é a primeira faixa do álbum Jovem Guarda lançado em 1965 por Roberto Carlos. Chateado com o fato de sua namorada, na época, Magda Fonseca ter viajado para fazer um curso de inglês nos Estados Unidos, Roberto Carlos expressa suas saudades e desabafa com esta música. Apresentou a primeira parte da canção ao amigo e parceiro Erasmo Carlos que o auxiliou a concluir a letra da música. Embora já fizesse sucesso entre seus fãs, foi Quero Que Vá Tudo Pro Inferno que tornou Roberto Carlos conhecido em todo o país, pois além de estourar nas rádios ela foi uma das músicas símbolo do movimento Jovem Guarda, do qual era um dos lideres. A medida que o cantor tornava-se mais religioso e que piorava o seu transtorno obsessivo-compulsivo, passou a renegar a música, tirando-a de seu repertório. É na década de 1970 que inicia sua troca de estilo musical, deixando de lado o rock e embarcando no romantismo. Atualmente é um dos artistas que mais vende discos no Brasil e é considerado por muitos o "Rei" da música brasileira.

O Bloco Associação Carnavalesca Beija-Flor foi criado em de 1948 e no ano de 1953 após se tornar o bloco vencedor do carnaval de seu bairro, foi inscrito na Confederação das Escolas de Samba, no segundo grupo, para o desfile oficial de 1954 já como escola de samba. Sendo campeã neste ano, no desfile de 1955 já estava no primeiro grupo, no qual se manteve até 1963. Em 1972, Nelson Abraão David assumiu a presidência da escola, o que possibilitou a sua família consolidar uma relação com o regime militar, lhes garantindo assim um maior poder político em Nilópolis. São do início da década de 1970 os enredos mais patrióticos da escola, onde o regime militar era exaltado. A letra do enredo O Grande Decênio nos traz os órgãos Pis-Pasep, Funrural e Mobral criados nos primeiros anos da Ditadura Civil-Militar Brasileira. Bira Quininho (Ubirajara Braz Augusto), cantor e compositor fluminense que nasceu na cidade de Nova Iguaçu, foi um importante intérprete da Escola de Samba Beija-Flor de Nilópolis, O Grande Decênio de 1975 foi seu último enredo pois neste mesmo ano, numa briga, ele foi assassinado. Em 1976, o posto passa a ser ocupado por Neguinho da Beija-Flor e a escola também contrata carnavalesco Joãosinho Trinta então conquistam o seu primeiro título com o enredo Sonhar com Rei dá Leão, uma referência ao jogo do bicho.

O Grande Decênio (Samba-Enredo de 1975) - Beija-Flor de Nilópolis

É de novo carnaval

Para o samba este é o maior prêmio

E o Beija-Flor vem exaltar

Com galhardia o grande decênio

Do nosso Brasil que segue avante

Pelo Céu, mar e terra

Nas asas do progresso constante

Onde tanta riqueza se encerra

Lembrando PIS e PASEP

E também o FUNRURAL

Que ampara o homem do campo

Com segurança total

O comércio e a indústria

Fortalecem nosso capital

Que no setor da economia

Alcançou projeção mundial

(E lembraremos)

Lembraremos também

O MOBRAL, sua função

Que para tantos brasileiros

Abriu as portas da educação

(É de novo...)

Tudo Passará - Nelson Ned

Eu te dei meu amor, por um dia

E depois sem querer te perdi

Não pensei que o amor, existia

Que também choraria por ti

Mas tudo passa tudo passará

E nada fica, nada ficará.

Só se encontra a felicidade

Quando se entrega o coração

Voltarei a querer, algum dia

Pois eu sei que não vou mais chorar

Se em mim já não há alegria

A esperança me ensina a gritar

Que tudo passa tudo passará

Que nada fica, nada ficará

Só se encontra a felicidade

Quando se entrega o coração

Só se encontra a felicidade

Quando se entrega o coração

O mineiro Nelson Ned, é um ícone da música "brega" brasileira. Tudo Passará foi o grande sucesso de sua carreira, com quarenta regravações em diferentes idiomas, ela não lhe abriu apenas os caminhos no rádio e nos programas de televisivos brasileiros, mas também no exterior pois com ela ganhou o I Festival de la Canción (1º Festival da Canção) em Buenos Aires, na Argentina. Com suas canções românticas, principalmente boleros, gravados não só em português mas também em espanhol, ganhou Discos de Ouro não só Brasil mas também no exterior, tornando-se um ídolo em muitos países da América Latina, África e Europa. No auge de sua carreira seus shows estavam sempre lotados, inclusive os quatro realizados no Carnegie Hall, na cidade de Nova York. Com sua conversão ao cristianismo, na década de 1990 começou a dedicar-se a um novo estilo musical, o Gospel, ganhando inclusive mais um disco de ouro. Conhecido como “o pequeno gigante”, faleceu em 2014 aos 66 anos após complicações em seu estado clínico.

Tonico e Tinoco são considerados a principal dupla “caipira” brasileira. A dupla é formada pelos irmãos João Salvador Perez (Tonico - 1917 a 1994) e José Perez (Tinoco - 1920 a 2012), foi de Olegário e Izabel seus avós maternos que herdaram a vocação pela música. Profissionalmente a dupla apresentou-se pela primeira vez na Festa de Aparecida de São Manuel no ano de 1935. Em seus 83 discos somam-se aproximadamente 1000 gravações, sendo o primeiro disco gravado no ano de 1944 e lançado em 1945. Ao longo de 40 anos, percorreram todo o país se apresentando em Circos e Teatros. Durante 50 anos trabalharam em diferentes rádios, uma atuação muito importante levando-se em conta que até a década de 1950 este era o único meio de comunicação do país. Tonico e Tinoco cantaram algumas músicas ufanista, como por exemplo Transamazônica (lançada em 1971, com autoria de Tonico e Caetano Erba), que enaltece o governo, sendo que este não levou em conta os enormes impactos ambientais, sociais e econômicos que a execução desta estrada ocasionaria, cabe ressaltar que até hoje ela não foi totalmente pavimentada. Ao longo de sua carreira, a dupla acompanhou as mudanças ocorridas na música sertaneja, mas não se deixaram influenciar e sempre mantiveram seu estilo.

Transamazônica - Tonico e Tinoco

O grande tapete verde, o teu mundo encoberto,

a estrada Transamazona trouche você bem mais perto

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Mais um povoado que cresce naquela mata esquecida,

novo horizonte aparece no fim da estrada comprida

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Do teu seio sai minério, do teu mato sai madeira,

é um celeiro de fartura, tem petróleo e seringueira.

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Ai, sá Dona, nóis vamos pro Amazonas

Um governo trabaiando, o nosso Brasil que avança,

a estrada Transamazona transporta nossa esperança

Ai, sá Dona...

Pra Frente, Brasil! - Coral de Joab

Noventa milhões em ação,

Pra frente Brasil,

Do meu coração...

Todos juntos vamos,

Pra frente Brasil,

Salve a Seleção!

De repente

É aquela corrente pra frente,

Parece que todo o Brasil deu a mão...

Todos ligados na mesma emoção...

Tudo é um só coração!

Todos juntos vamos,

Pra frente Brasil!

Brasil!

Salve a Seleção!

Música composta por Miguel Gustavo, ela foi feita para inspirar a Seleção Brasileira na Copa de 1970, sediada no México. Tornando-se, assim, o hino da Seleção Brasileira de Futebol durante todo o evento.

No início de 1970, a música de Dom e Ravel chamada de Eu Te Amo Meu Brasil, foi o hino utilizado pelos militares para exaltar a Ditadura Civil-Militar no Brasil. Essa música fez com que os opositores à direita que apoiava os militares ficassem contra a dupla, assim como também a direita em um certo tempo também acabou por ficar contra a dupla, pois eles não tinham um lado específico que apoiavam.

Eu te Amo, Meu Brasil - Dom e Ravel

As praias do Brasil ensolaradas

O chão onde o país se elevou

A mão de Deus abençoou

Mulher que nasce aqui

Tem muito mais valor

O céu do meu Brasil tem mais estrelas

O sol do meu país mais esplendor

A mão de Deus abençoou

Em terras brasileiras

Vou plantar amor

Eu te amo meu Brasil, eu te amo

Meu coração é verde, amarelo, branco, azul anil

Eu te amo meu Brasil, eu te amo

Ninguém segura a juventude do Brasil

As tardes do Brasil são mais douradas

Mulatas brotam cheias de calor

A mão de Deus abençoou

Eu vou ficar aqui

Porque existe amor

No carnaval os povos querem vê-las

No colossal desfile multicor

A mão de Deus abençoou

Em terras brasileiras

Vou plantar amor

Adoro meu Brasil de madrugada

Na hora em que estou com meu amor

A mão de Deus abençoou

A minha amada vai comigo aonde eu for

As noites do Brasil, tem mais beleza

A hora chora de tristeza e dor

Porque a natureza sopra e ela vai-se embora

Enquanto eu planto o amor

© 2015 por Projeto Letras na Ditadura. Orgulhosamente criado com Wix.com

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